Esquema relacionado com burla na imigração está a preocupar portugueses no Canadá
Nacional / 10 de Jan de 2016, 15:29
Uma tentativa de burla relacionada com questões de imigração está a preocupar muitos portugueses no Canadá, disse hoje à agência Lusa uma funcionária de uma instituição de solidariedade social, em Toronto.
"Já tivemos duas situações concretas com utentes que foram ameaçadas por telefone de deportação imediata se não depositassem uma certa quantia de dinheiro numa conta, circunstância que as levou a entrar em pânico", denunciou Marisa Gomes, assistente social do Centro Abrigo.
A funcionária da organização sem fins lucrativos confirmou que duas das suas utentes, uma canadiana nascida nas Filipinas e uma portuguesa residente no Canadá, foram vítimas de um esquema de burla.
Os alegados 'burlões' solicitaram às vítimas por telefone, que lhes facultassem dados pessoais, como o números de identificação bancária, e de segurança social, ou o número de contribuinte.
"O (alegado) 'burlão' que contatava as pessoas, dava-lhes a informação exata do seu processo que se encontra no ministério da Cidadania, Refugiados e Imigração do Canadá. Ou seja, o que levava as pessoas a acreditarem e a entrarem em pânico, ficando bastante nervosas, pois se não efetuassem um determinado pagamento por via correio postal, eram deportadas definitivamente", acrescentou Marisa Gomes.
Uma utente do Centro Abrigo estava mesmo "pronta para depositar 2.360 dólares canadianos (1.550 euros)", mas entretanto contatou a instituição e foi aconselhada a não o fazer. O vale postal com o dinheiro tinha como destino o estado do Tennessee (sudeste dos Estados Unidos).
Os visados no esquema, recebem chamadas telefónicas, com números com o indicativo da capital do Canadá, Otava, num curto espaço de cinco em cinco minutos, muitas delas efetuadas até às três ou quatro da manhã.
Marisa Gomes revelou que uma das utentes do Centro Abrigo, há cerca de um ano atrás, utilizou aquele serviço para proceder ao registo de um requerimento da cidadania canadiana, processo efetuado diretamente na página da internet do ministério de Cidadania, Refugiados e Imigração do Canadá (IRCC, sigla em inglês).
O Centro Abrigo, em Toronto, está em atividade há 25 anos. É uma instituição sem fins lucrativos e tem como objetivo a integração dos recém-chegados ao Canadá, consciencializando a comunidade das problemáticas de cariz social, nomeadamente o apoio aos jovens, idosos e as vitimas de violência doméstica.
O ministério da Cidadania e Refugiados do Canadá confirmou através de um e-mail enviado à agência Lusa que ao longo dos últimos seis meses recebeu "um número crescente de denúncias" um pouco por todo o Canadá relacionadas com um "esquema de fraude" através de chamadas telefónicas com pessoas que se identificam como funcionários do IRCC.
"Em alguns casos, o nome do departamento de imigração aparece no ecrã do telefone da pessoa que está a efetuar a chamada", sublinhou Remi Lariviere, do gabinete do comunicação do IRCC.
Segundo a porta-voz daquela entidade governamental, assim que o ministério teve conhecimento destes casos "foi publicada no site oficial co IRCC uma nota a alertar para toda aquela situação".
O Governo do Canadá "leva muito sério qualquer tipo de fraude" e, nestes casos, aconselha as agências associadas à imigração "a tomarem as medidas necessárias".
"Quem receber algum telefonema suspeito, deve desligar imediatamente e entrar em contato com as agências das forças de segurança e denunciar o caso imediatamente ao Centro Canadiano Anti-Fraude", frisou na nota.
No site do ministério da Cidadania, Refugiados e Imigração (www.cic.gc.ca), estão disponibilizadas algumas ideias como evitar este esquema.
O IRCC "não contacta as pessoas com o objetivo de recolher multas monetárias ou informações pessoais para evitar a deportação", e "nunca solicita ao público que efetue um pagamento ao telefone", esclareceu Remi Lariviere.
Calcula-se que existem 550 mil portugueses e lusodescendentes no Canadá, estando a grande maioria localizada na província do Ontário.
The Source: http://www.acorianooriental.pt/noticia/esquema-relacionado-com-burla-na-imigracao-esta-a-preocupar-portugueses-no-canada
Comment:
"Shaking down the undocumented workers
The
attached article from LUSA, the respected Portuguese news agency, documents the
latest organized crime scam directed against vulnerable workers in Canada.
Extortionists,
allegedly from Tennessee, phone illegal workers in Canada and direct them to
send thousands of dollar’s to a bank account in Ottawa. Failure to send the money
will lead to arrest.
This sort
of criminal behavior is not new. What is new is Canada‘s increasingly de facto enabling
of organized crime activity against an identifiable group of Europeans.
I have a
lot of respect for the RCMP and the CBSA officers on the immigration front
lines. If they had things their way, there would be zero extortion of illegal
workers. Police officers are trained to follow the rules, irregardless of the
victims’ status.
The problem
is that senior people in Ottawa will not provide the front line staff with the resources
required to crack down on organized crime activity directed against Europeans.
The same senior
people in Ottawa who create hundreds of thousands of illegal European workers then
grant organized crime a full, open hunting season to track down and extort the Europeans.
Ottawa
simply does not care about hundreds of thousands of exploited Europeans.
Ottawa’s de facto encouragement of mob exploitation of Europeans is what led
Toronto and Hamilton to declare themselves as “Sanctuary Cities”.
I can only
hope that the ratification of CETA’s labour mobility agreements will force
Ottawa to treat European workers as human beings and not wild animals requiring
“sanctuary”. But I have no faith in Ottawa keeping its CETA commitments.
Since
Canada has proven its third world inability to protect European workers, it
will be up to Europe to demand fair play.
Brussels,
Rome and Lisbon may wish to consider whether CETA ratification should be
delayed until Ottawa shows some prior good faith on its labour mobility
commitments.
Richard Boraks, January 11 2016
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